Quando em consultório o terapeuta ou psicólogo recebe um cliente com perturbação de personalidade ou com traços de personalidade característicos de uma perturbação, torna-se impreterível o conhecimento desta forma de funcionamento de personalidade e consequentemente a sua adaptação ao cliente para que se possa manter uma relação terapêutica. Esta relação terapêutica é o princípio e o ponto essencial para a promoção da mudança no cliente. Este trabalho não pretende fazer uma abordagem epistemológica da classificação das personalidades, mas sim fazer uma seleção das personalidades difíceis que mais frequentemente recorrem à ajuda de psicólogos e psicoterapeutas, segundo a Associação de Psiquiatria Americana, com o objectivo de as desmistificar, e revelar algumas estratégias a serem utilizadas pelos profissionais, em consultório, para conseguirem estabelecer uma relação terapêutica, não deixando, deste modo, sem resposta a questão “Personalidades difíceis em consultório. E agora?”