Ao longo deste artigo, será abordada a relação existente entre a expressão artística e a família. Da mesma forma, que o artista perante uma folha em branco, sem qualquer indicação a tomar, ou direcção, se encontra perante ele mesmo, numa relação de ambivalência entre o prazer e o desprazer, a aventura e a descoberta, mas também de angústia e de sofrimento, a família encontra-se sujeita a inúmeras forças de atracção e de oposição que devem ser bem manejadas, para que a obra artística, o viver em família seja o mais harmonioso possível. Trata-se de um projecto dialéctico e dialógico, que integra o inconsciente e o consciente, o irracional e o racional, a fantasia e o real, a vida e a morte, o bem e o mal, a vitória e a derrota, o caos e a ordem, num movimento construtivo e criativo, onde os elementos da família são os principais protagonistas e onde são a todo o momento seres transformados e transformadores, pela acção criativa e criadora da vida, ou seja da expressão artística.