Este artigo apresenta brevemente as principais características do movimento existencial na filosofia com o objetivo de discutir, na sequência, como o psicanalista francês Jacques Lacan, no início dos anos 50 do século passado, apropria-se de noções criadas por Martin Heidegger, ao mesmo tempo em que se opõe a teses fundamentais desenvolvidas por Jean-Paul Sartre. Por fim, o trabalho procura sublinhar como o existencialismo filosófico auxilia Lacan a formular qual seria propriamente a tarefa do tratamento analítico no contexto da primeira clínica do autor.