A presente pesquisa tem por finalidade apresentar aspectos que dirigem o progenitor à aceitação diante o diagnóstico de microcefalia, tendo em vista o aumento gradativo nos últimos anos em casos de microcefalia no país associadas ao surto do vírus Zika. Mediante este surto, o abandono por parte dos progenitores despertou o interesse em saber acerca dos que aceitam esse diagnóstico, daí a relevância do estudo. O objetivo geral desta pesquisa consiste em identificar os aspectos que conduzem à aceitação paterna perante o diagnóstico de microcefalia. Os objetivos específicos são: a) averiguar o contexto histórico da aceitação da deficiência por parte do progenitor; b) verificar o vínculo afetivo entre o progenitor e o filho portador da deficiência; c) apontar traços comuns de aceitação do diagnóstico entre os pais; d) certificar a importância do suporte psicológico na interação pai-filho microcefálico. Buscou-se investigar abordando fatores de uma perspectiva contraria ao abandono, nomeadamente: traços sociais, vínculos e suporte psicológico que possam contribuir para aceitação. Para isto elaborou-se uma entrevista com 12 questões subjetivas, direcionadas a 7 pais de crianças microcefálicas, utilizando-se da pesquisa qualitativa. Entretanto, fatores como o apoio familiar, acompanhamento psicológico, instruções a respeito da deficiência e a determinação dos próprios pais são apontados pela pesquisa como características comuns dos genitores que aceitam o filho com microcefalia.