O ser humano desde a antiguidade e construção de sua espécie, tem percebido suas limitações, por não poder alcançar o gozo pleno de seus desejos. Por consequência destes fatores, idealiza-se um ser sobrenatural, dotado de onipotência. A criatura, espelha-se como imagem e semelhança do criador, ao mesmo tempo que tenta transcendê-lo, posicionando-se inconscientemente como tal. Este ser na fé judaico-cristã, que aqui será abordado, é nomeado de Deus. A Síndrome de Deus, trata-se da tentativa do sujeito em incorporar a personalidade de Deus, colocando-se na busca plena do seu gozo. Na tentativa de transcender a Deus, o homem busca a possibilidade de ser o detentor do seu próprio desejo e completude, implantando uma nova ordem regida pelo seu principio de prazer, descartando o principio de realidade. Na psicanálise, esses sujeitos são classificados dentro de um perfil de personalidade perversa. Este estudo surgiu mediante questionamentos dos comportamentos contemporâneos, poucos explorados, juntamente com a afinidade pela temática, que aqui será abordada no viés psicanalítico, assim objetivando explicar a síndrome de Deus como uma expressão da personalidade perversa. Para este fim, utilizou-se da pesquisa qualitativa mediante o método bibliográfico. A partir disso pode-se ampliar o campo da psicologia com esta temática, fornecendo subsídios, onde houve contribuições não apenas para a ciência, mas também para a sociedade que desconhece o assunto.