Este trabalho tem por objetivo discorrer sobre a dependência química e psicológica do cigarro e as consequências de seu uso em ambiente laboral. Para que essa discussão fosse possível foram feitas observações em um grupo de fumantes, trabalhadores de uma indústria do ramo de fundição localizada em um município do interior da região Noroeste do Rio Grande do Sul, que faziam o uso do cigarro dentro de seu ambiente de trabalho em meio às atividades desenvolvidas durante o expediente. Para tanto, partiu-se do pressuposto que o hábito de fumar foi construído culturalmente, sendo utilizado pelos sujeitos para ofuscar sua angústia de viver. Constatou-se através das observações que a empresa contribui ativamente para o agravamento do vício de seus colaboradores fumantes e no adoecimento dos indivíduos não fumantes, que se caracterizam por tabagistas passivos.