O presente artigo busca compreender como que a relação entre pais com alto poder aquisitivo e seus filhos pode acarretar em danos psicológicos para crianças e adolescentes, mais precisamente a depressão e ansiedade, quando estes não compreendem a individualidade de suas crianças. Inseridos em uma sociedade que prioriza o ter em detrimento do ser, as relações, segundo Bauman (1999), estão cada vez mais fluídas, o que faz com que os pais não levem em consideração os sonhos e aptidões de seus filhos, transferindo para os mesmos, desejos de vida semelhantes aos deles. Essa situação acaba criando uma grande demanda de expectativa, tanto da parte dos pais – para exibir seus filhos como cópias fiéis e troféus para a sociedade - como dos filhos, que buscam, erroneamente, suprir as expectativas dos pais. A posteriori, essa constante pressão acarreta na criança ou adolescente, uma insegurança quanto ao futuro, podendo desencadear uma possível depressão ou transtorno de ansiedade.