Este ensaio busca, por meio de um recorte histórico, elucidar os lugares sociais ocupados pelos sujeitos considerados loucos. Por meio da lógica psiquiátrica organicista que por muito tempo se encarregou, sistematicamente, em reduzir fenômenos sociais, culturais, políticos e econômicos a uma lógica biológica e a processos naturalizantes que desapropriam a questão política da nossa existência, objetiva-se articular a discussão com o olhar da teoria psicanalítica de Jacques Lacan, sob uma nova compreensão do sujeito psicótico e seu lugar de direito.