A felicidade é uma ideia universal, própria do ser humano, por isso é importante tomar conhecimento da natureza humana; tanto no seu aspecto irracional, quanto no racional. Neste sentido, o conhecimento filosófico antigo pode ser atualizado com a contribuição da psicanálise freudiana. Sendo Aristóteles o primeiro grego a tratar da eudaimonia, partiremos da Ética a Nicômaco, onde o estagirita desenvolve esse tema. Por isso, buscamos elaborar uma crítica que visa repensar a noção de felicidade sob a perspectiva freudiana, com o texto Mal-Estar na Civilização, que servirá para interpretar sócio e psicologicamente o insucesso do homem na busca pela felicidade no século presente. Mas, será mesmo possível elaborar essa crítica? Será que apesar das longas distâncias que nos separam dos gregos, a Ética de Aristóteles pode auxiliar a compreender falhas éticas no modo de vida contemporâneo, em uma sociedade que vive uma clara crise de valores?