Segundo Vigarello, os viajantes das descobertas e de épocas anteriores descreveram experiência da ingestão de substâncias, como o ópio ou o haxixe, em função do produto mais próximo culturalmente – o álcool. Os finais do século XVIII, porém, iriam assistir a uma mudança neste estado de coisas. Diversos escritores conseguiram evocar os efeitos das drogas numa perspectiva vivida e autobiográfica, isto muito antes da toxicodependência se ter tornado um objecto digno de estudo científico.