O papel do professor tem sido, por vezes, comparado ao de um actor que sabe o seu papel e o apresenta diariamente na escola aos seus alunos. Esta é, obviamente, uma visão redutora. O professor não pode ser um actor que se limita a repetir matérias que aprendeu. Seria um desastre.

O professor é um mediatizador, isto é, ele age entre o aluno e os novos conhecimentos que se deseja que ele integre através das suas capacidades de raciocínio e compreensão. É que o aluno também não pode ser um actor que se limita a memorizar matéria e a reproduzi-la, com a maior fidelidade possível, na sala de aula e nos testes. Isso também seria um desatre.

Infelizmente é aquilo que mais se vê nas salas de aula. Os alunos são praticamente convidados a fixarem as matérias e a papagueá-las de seguida. Estão os professores preparados para conduzirem os alunos a altos níveis de raciocínio para chegarem à "aprendizagem significativa"? (aquela que o aluno adquire através do seu próprio esforço de pensamento e não apenas usando a memória).

Auxiliar os alunos a pensar deve ser a principal tarefa dos professores. Isso é seguramente uma estratégia muito inteligente. Pois é pensando que os alunos podem aprender usando as suas próprias potencialidades, procedimentos e ritmos.

O psicolinguista Frank Smith, doutorado pela famosa Universidade de Harvard, é peremptório: "As crianças têm um cérebro primorosamente eficiente que usam com inconspícua competência para aprender coisas acerca do mundo, da cultura e da estrutura social, bem como a língua no seio da qual nascem, em grande parte sem qualquer espécie de instrução formal". Isto quer dizer que qualquer criança normal tem excelentes capacidades de raciocínio e de aprendizagem.

O problema está em que o sistema de ensino, tal como foi modelado pelas sucessivas reformas, impede o pleno aproveitamento das potencialidades de pensamento e aprendizagem da maioria dos alunos.

Assim, os professores devem urgentemente adquirir competências para poderem ajudar os alunos a aprender através dos seus próprios raciocínios e com a máxima autonomia. Será através de um espécie de diálogo entre a mente dos professores e a mente de cada um dos alunos que deverão ser construídos os novos conhecimentos destes. Os professores não podem ser apenas transmissores de saberes. Têm de ser como uma espécie de agitadores das muitas mentes que os rodeiam na sala de aula desafiando, provocando, incentivando o raciocínio, a reflexão e a criatividade dos alunos.

Existem muitas formas de pensamento. Para além da analítica, existem outras tais como o pensamento crítico, o pensamento exploratório, o pensamento criativo, etc.

Será bom que os professores se informem sobre as diferentes modalidades do pensamento disponíveis na mente humana para que as possam usar criteriosamente conforme a natureza e os objectivos de cada matéria ou disciplina.

De facto, salvo alguns elementos muito precisos (nomes, datas, etc.) que requerem memorização, a maioria dos saberes que os alunos devem dominar adquirem-se utilizando os vários recursos do pensamento.

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