As Formas de Aprendizagem e a aquisição de conhecimentos e competências têm evoluído imenso nos últimos anos. A crescente competitividade motivada pela globalização tem como consequência, a necessidade de colocar pessoas qualificadas mais rapidamente no mercado. Isto implica adquirir conhecimento, qualificação e competências de forma mais célere. As TIC, como é do conhecimento geral introduziram mudanças profundas na área da formação. Estas ferramentas são a chave para a resposta ás exigências competitivas deste sector. Estamos na era do trabalhador do conhecimento e tal como dizia Peter Drucker, quem detiver o conhecimento, detém a vantagem competitiva. Esta irá transferir-se dos valores materiais para o conhecimento e para o intelecto.

Por conseguinte, todo o paradigma da formação tradicional a que estávamos habituados, está posto em causa, e parte dos contextos formativos, quer ao nível dos conteúdos, quer nos formatos ou nos recursos didácticos utilizados começam a ficar obsoletos e incapazes de dar resposta ás exigências de hoje em matéria de rapidez e flexibilidade na aquisição do conhecimento. Por isso assistimos à crescente implementação do eLearning em matéria de formação. Com a crescente difusão da banda larga e na utilização da internet, tem havido condições para que o eLearning esteja a conquistar terreno aos contextos tradicionais e presenciais da formação. Dados estatísticos recentes referem que o eLearning já é responsável por cerca de 20% de toda a formação que se faz actualmente em Portugal. É provável que dentro de 10 a 15 anos se inverta a situação, isto é que o eLearning/ b-learning seja responsável por 80% de toda a formação no nosso Pais.

Por outro lado, se tivermos em conta que a rapidez na aquisição de competências será prioritário, teremos que repensar a forma de fazer formação. A tendência será para a concepção de pequenas unidades capitalizáveis de informação e fragmentadas em conteúdos de aprendizagem rápidos, até porque a tecnologia empregue e a tendência para o Mobile Learning, assim o exigem. Os cursos actuais e presenciais de média e longa duração de trinta ou mais horas verão a sua carga reduzida e darão lugar progressivamente a cursos b-learning, ou em regime eLearning misto (síncrono e assíncrono), porque se assim não for, correm o risco de se tornarem descontextualizados e de não terem alunos para os frequentarem. O e-formador será um Coach e um facilitador em todo o processo de aprendizagem, onde o aluno será cada vez mais autónomo.

Só através do eLearning e da fragmentação progressiva dos conteúdos como substitutos do modelo tradicional formativo, será possível aprendermos mais depressa, de forma intensiva e à nossa medida. A nanotecnologia, e a competitividade exigem uma mudança de paradigma no ensino e na formação de forma tripartida, ou seja, no tipo de conteúdos a desenvolver, na forma de aprendizagem e relação com o tutor e nas próprias competências do e-formando e do e-formador. Se aprendermos mais rápido, sem barreiras, à nossa medida e com custos incomparavelmente mais baixos, poderemos sem dúvida ser tão ou mais competitivos que qualquer país em qualquer área.

“O conhecimento em si mesmo é poder“

Francis Bacon

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