Em sua origem o termo “clínica” significa: observação que se faz a cabeceira do doente, que deitado, regredido a mais tenra infância, deixa-se observar pelo médico.

Segundo Freud, o tratamento psíquico no campo médico é o mais antigo e o único existente antes do advento da anatomia patológica.

É importante ressaltar que durante anos a fio o “médico do povo” era a feitiçaria, assim como no mundo cristão o confessionário e o exorcismo.

Todos esses métodos nada mais são do que um trabalho árduo psicológico empregado na pessoa que necessita de ajuda, interpretado como “fé”. Ativando a mente para que o processo de auto-ajuda, de cura ocorra.

Posteriormente na medicina moderna à ajuda de Janet (França) e por sua vez Freud, mantiveram o termo “Clínica” para caracterizar procedimentos clínicos ao novo campo do conhecimento que se inicia no novo século, dando lugar aos psicólogos clínicos.

A França foi um importante berço para a concepção dos métodos clínicos, sendo que sua maioria eram psicanalistas e seu grande precursor Freud. Este que considerava a psicanálise definida em três níveis.

O que se faz de extrema importância é que na psicologia contemporânea há um novo trabalho de pesquisa e de cura, considerados como purificação e elucidação, sendo u novo tipo de ciência.

Na verdade, ao lidar com seres humanos, os teóricos cada vez mais, ao contrário da opinião de muitos, não busca um único método clínico. Mesmo por que ao lidar com vidas e com grande variedades de personalidade, não é possível um único método clínico que será eficaz para todas as pessoas, surgindo efeitos de cura ou melhoras aparente.

Mas esse método tão debatido, seria constituído pela transferência, na escuta do paciente onde se encontram em uma situação de investigação, pesquisa.

Sendo assim, o método experimental nada mais é do que algo “superficial”, onde é desprezado a possibilidade de atingir as profundezas de seu interior e suas singularidades.

Um objetivo é provar que as forças segundo a psicanálise animam toda e qualquer produção mental ou coletiva, podendo ser detectadas não apenas na situação clínica, mas de formas variadas ao tratar de almas únicas e complexas.

Não devemos olhar à um ser humano como uma simples máquina, capaz de responder a estímulos do ambiente, eliminando qualquer idéia da existência de uma alma, personalidade ou da mente inconsciente. É pensar de forma pequena o fato de compreender o ser humano através de mecanismos que não atingem a raiz da problema, que não consolam, satisfazem a vontade de um paciente que muitas vezes só precisa de alguém a “ouvidos” e palavras consoladoras para tornas sua existência mais saudável e alegre.

A maior busca do ser humano é : “A busca uns pelos outros”, e a totalidade dessa busca nada mais é do que a satisfação no outro como forma de: compreensão, carinho, a formação de vínculos que dão outro sentido a vida, o preenchimento do vazio que assola a vida de todos os seres humanos.

Esse é o sentido da vida, essa é a busca de muito psicólogos que interpretam o método, como sua principal fonte a: criação de vínculos.

O ato de ajudar escutando, direcionando a pessoa atendida ao auto-conhecimento. A busca de si mesmo e uma melhor qualidade de vida.

E esse objetivo só podemos atingir quando não ser empregado “métodos” superficiais, mais agir de acordo com a “psicologia” de cada pessoa, e essa descoberta só é feita por psicólogos realmente qualificados, que trabalham seriamente naquilo em que acreditam, amam e possuem capacidade suficiente ou mesmo podemos assimilar isso a “vocação” ou “dom” de amar ao seu próximo e ajuda-los em tudo que puder com todas as suas forças, por aquilo em que acredita:  NA EXPLORAÇÃO DO INTERIOR E NA MELHORA SIGNIFICATIVA DO SER HUMANO SEM UM ÚNICO MÉTODO!

 

BIBLIOGRAFIA:

CANETTI, E. (1983). Massa e poder. São Paulo: Melhoramentos.

AGUIAR, Fernando. Método Clínico: Método Clínico?. Psicol. Reflex. Crit. [online]. 2001, vol.14, n.3, pp. 609-616. ISSN 0102-7972.