A letra “e” tornou-se uma “commoditie” na banalização do termo, na medida em que esta faz parte do nosso quotidiano pelo facto das novas tecnologias estarem presentes em praticamente tudo o que fazemos e na forma como interagimos. Se a geração baby-boom aprendeu a conviver com o termo “e” , já a geração net a partir dos anos 90 nasceu e desenvolveu-se sob a égide das novas tecnologias de informação e comunicação, sendo aliás uma frase estranha para eles, pois de novo nada tem, uma vez que não têm termo de comparação.

A nossa relação com o conhecimento está a modificar-se. Se antes o conhecimento era estruturado e localizado no tempo e no espaço, hoje é fragmentado, disperso e está alinhado numa filosofia do tipo “just in time”. O Universo online alterou por completo o paradigma da aprendizagem. Esta deixou de ser centralizada e unilateral para dar lugar a comunidades de aprendizagem e redes sociais virtuais (Web 2.0), onde reside o conhecimento tácito ao alcance de qualquer um de nós, sendo que cada um de nós também poderemos aportar conhecimento para as comunidades. Desta forma a aprendizagem e o conhecimento são construídas em rede. O segredo reside em transformar conhecimento tácito em explícito. Estamos a entrar a passos largos na Web 3.0 onde figuram o Podcast, o Mobile learning e as plataformas inteligentes. A produção de conhecimento e a relação que temos com este e forma como acedemos à informação actualmente não tem precedentes na nossa história.

Há muito que a letra “e” está implícita no nosso quotidiano e hoje falar em e-formador, e-tutor, etc., vai deixar de o ser num futuro próximo, porque na realidade se tornaria redundante. Por conseguinte falar de e-Learning passará a ser desnecessário, quando sabemos que o termo “e” está implícito na forma como aprendemos e já o era quase há 20 anos quando se começou a falar em e-Learning. Hoje vivemos em plena era do digital learning e digital teaching, sendo os factores distância e digital os elos comuns de uma forma de aprendizagem que se baseia na máxima do d-Learning (distance learning) como factor primordial de aprendizagem e aquisição de conhecimento. A tendência é mesmo para a simplificação a todos os níveis e a “e” actualidade acabará por ser a nossa realidade de tal forma que já nem nos lembraremos que o “Learning” alguma vez teve “e”.

 

Rosenberg em 2001 dizia....

 … “que num futuro próximo acontecerá uma mudança mais radical.

O fim do “e”do e-learning” …

 

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