"Quem não lê, mal ouve, mal fala, mal vê."

Monteiro Lobato

 

Certa vez Friedrich Engels, numa carta a Karl Marx, disse: ”aprendi mais em Balzac (romancista frances) sobre a sociedade francesa da primeira metade do século do que em todos os livros dos historiadores, economistas e estatísticos da época, todos juntos”. A literatura sempre se mostrou como um “espelho” social, pois sempre mostrava o reflexo da sociedade na qual o escritor estava incluído, mas até que ponto a Literatura pode revelar e interpretar o comportamento humano?

“É certo e até mesmo evidente que a psicologia, ciência dos processos anímicos, pode relacionar-se com o campo da literatura”. Carl Gustav Jung certamente tinha descobrido que a leitura de bons livros é como uma conversação com os melhores homens dos séculos passados e ate mesmo uma conversação estudada, na qual eles revelam apenas os melhores de seus pensamentos.

A literatura não se preocupa apenas em registrar fatos, mas apresenta também acontecimentos por meio dos quais é possível compreender melhor o comportamento das pessoas, dessa forma o estudo da literatura auxilia-nos a compreender melhor a natureza de nossas ações e sentimentos. A poesia é a linguagem dos sentimentos que não sabemos expressar nessas instancias a Literatura constitui-se a materialização dos sentimentos e emoções que não sabemos expressar.

Ler obras literárias não é apenas percorrer com nossos olhos, páginas e mais páginas a procura de um final de enredo “eletrizante” ou um final feliz, significa também, lidar com sentimentos, emoções, dúvidas e perplexidades, e com todas as particularidades do ser humano.

A Literatura não é estática; é uma força viva; é o reflexo do pensamento e do psiquismo de nossa sociedade; é um verdadeiro espelho de nossos comportamentos, por isso se torna ferramenta indispensável à compreensão e explicação do ser humano.