Tanta violação dos direitos humanos, tanto coice na liberdade, tanto murro na igualdade, tanto pontapé na justiça ... parece não serem suficientes, enquanto causadores de sofrimento humano ... sendo que, os próprios agentes do ser sujeito humano, também colaboram e se investem de comparsas às violações sobre a humanidade, com os logros e disfarces sociais … piores por serem psicológicos!

É ... falo de homens que, na sua masculina essência, fizeram um casamento com mulheres, sendo a sua naturalidade e normalidade, a homossexualidade ou outras sexualidades, que não a heterossexual.

Certamente que se entendem os motivos determinantes para tais auto-violentações, sendo que o atrevimento da opção pelo sofrimento psicológico, em detrimento de um eventual e subjectivo sofrimento social, se plasme soberano, infelizmente soberano, ainda que com uma soberania assente na mentira e na falsidade.

Tantos artigos, matérias, reportagens, estudos, discursos de visionários, tanto pai e tanta mãe, tanta avó e catequista, tanta professora, tanto padre, tanto médico e enfermeira, tanta criatura das televisões, tanto julgador e cientificador, tanto político, tanto moralista e benfeitor, tanto académico e comediante, tanta vizinha e director de instituição, e … pior de tudo … tanto psicólogo ,…, tanta gente a debitar assunto e a opinar (opinião … logo feita certeza …!) ,..., enfim, sobre a questão da psicologia da homossexualidade humana.

Abonando na verdade, diga-se, é assunto que já cheira mal, sendo que ainda é perigoso silenciar, sublinho, contudo, algumas críticas surgidas pela incompreensão das justificativas escarrapachadas em conclusões, bem como pelas dúvidas causadas pelos instrumentos de “pesquisa”, salientando as entrevistas, os questionários e as famosíssimas certezas e pontos de vista que habitam em certos (ainda que … de presença epidémica!) crânios.

Inúmeros textos e paleios que chamam à atenção pela curiosa (mas banal) maneira como se escreve, de modo tão superficial, sobre os determinismos das sexualidades e das próprias sexualidades de outrem.

Clarificando, contudo, jamais contrariar o justo e honrado monumental direito à liberdade de expressão e, felizmente, à liberdade da crítica.

Superficial … porque suscitam dúvidas sobre o rigor das ferramentas de pesquisa e consequentes conclusões, bem como pela limitação em considerar, acriticamente, os conscientes e inconscientes desvios do material debitado, em serviço das matrizes defensivas.

Superficial ... porque, como se pode ser ... sem se ser?

Superficial ... porque, como se pode ser honesto, quando se é esganado com fome e com comida à frente ... mas inacessível?

Superficial ... porque, como se pode crer na liberdade (do texto narrado), quando a seriedade está bloqueada pelas amarras da alma e pelas manipulações da mente?

Superficial ... porque ... levar a sério a felicidade se ela se compromete com a mentira!

Superficial ... pelas conclusões que se tiram, de uma fonte que é o próprio débito dos sujeitos vitimados, por si e pelos incoerentes poderes institucionais e políticos.

Superficial ... pelas razões que formam o homem viciado na droga social, estando, irremediavelmente, dependente das normas que o machucam, como qualquer outro tóxico ofuscante do drogado consumidor. 

Superficial ... porque se crê que a verbalização de intenções ou de justificativas, são exibidas, na sua razão, pelo comportamento verbal, limitado, na sua maioria, aos motivos de profundidade.

Superficial ... porque advêm de uma fonte massacrada e desviada da sua liberdade.

Superficial ... porque os subterfúgios são tantos e tão pesados, que o bloqueio à auto-leitura do dinamismo intra-psíquico, surge parasitada, pelo medo de si, pelo medo de outrem, pelo medo do conhecimento e pelo medo da verdade.

Superficial ... porque a liberdade e a noção de direito foram castradas ou, pelo menos, amputadas.

Superficial ... porque nunca se aprofundaram, como medida protectora, das punições e segregações, imagéticas punições e auto-punições.

Superficial ... porque o ambiente de desenvolvimento sempre esteve conspurcado de inertes e de mansidão.

Superficial ... pelos entusiasmados (e falsos) pregões de igualdade, berrados nas múltiplas campanhas eleitorais nas e das vidas.

Superficial ... porque, como se pensa com as mentes balizadas pelos dogmas de religiões.

Superficial ... porque a inquisição existe, ainda que com variantes de figurino.

Superficial … porque há mansidão e doença na vontade.

Como é? ...

- Desejos de formar família,

- Motivações integrativas,

- Procura de aceitação social e familiar,

- Aspirações profissionais,

- Ambições adaptativas,

- Anseios de paternidade,

- Necessidades de auto-aceitação,

- Medo de perdas e separações,

- Desvio de angústias …

… não são, de modo algum, justificativas com representação pura.

São consequências de castrações, amputações e fragilidades egóicas, habitadas em circundantes territórios pantanosos e férteis de hipocrisias.

São sublimações sem alternativas.

É a imposição do travestismo, socialmente legislado.

Isso seria aceitar que o universo de uma sexualidade específica (no caso, a homossexualidade) vive à luz das aspirações e materializações de outra (a salientar, a heterossexualidade)! 

Que confusões conceptuais são estas que se acenam à consideração?

É tudo lido à semelhança das conveniências, fruto da pobreza de raciocínio complexo, e da obediência cega?

Certamente que há identidades genuínas e originais, para os múltiplos modelos existenciais, para além e aquém do eixo representativo de recursos a padrões de vida sobrevalorizados familiar e socialmente.

Certamente que os motivos não são encontrados pelas explicativas de registos vivenciais heterossexuais, ou noutros que se enquadrem nos hipócritas desejos de normalização e de rebanhização, para a aceitação inquestionável e colectiva. 

É um discurso debitado em circunstancial conveniência, sem, muitas vezes, a viabilidade crítica do próprio, perante o assunto invasor, no formato de entrevista ou de questionário. 

É um treino exercitado, esse modelo de linguagem, quando centrado em contextos de abrigo psicológico.

É um débito viciado de valor social, invasor e ameaçador de livre querer psicológico.

É um texto falado, mas desviado das coerências e sãs manifestações psíquicas.

Só os doutos de si próprios conseguem conjugar e defender as suas próprias pulsões (de vida e sexuais e canalizá-las para os devidos alvos de desejo),  das pressões de morte dos caducos, corrosivos e preconceituosos sistemas institucionais, políticos e sócio-familiares ...!!!... sempre, cobardemente, sem rosto!

Sugiro ... na boa fé da cooperação e da crítica ... o mesmo levantamento de débito falado, num estado alterado de consciência de si, dos outros e do circundante ... 

... hipnose, a título exemplificativo, para dar alguma credibilidade.

Certamente que, louvável e felizmente, muitos indivíduos não se enquadram neste enfeite do casamento.

Contudo, infelizmente ... muito infelizmente, muitos outros vivem na auto-medicação com placebos de duração muito limitada e de efeito terapêutico nulo, ainda que enganador, como o é o casamento a que se submeteram, a custo desconhecido ...!!!

Obviamente que muitos desistem desta medicação e recorrem a terapias naturais e consonantes com a sua essência, sem com isso conseguirem sanar o logro que a si fizeram e, pior, o logro a que sujeitaram outras pessoas.

Mas, a via da possibilidade para a vida, é tomada ... é reparida!

Os que conseguem sobreviver ao terror em que se enterraram, de tanto sofrimento escondido e exibido (ainda que camuflado com patologias psicossomáticas, brindes laborais e desvios proporcionais à manutenção da para-sanidade), habituam-se à serenidade do jogo, da encenação, sem jamais se poderem libertar do palco.

Fundiram a encenação na vida e a vida na encenação, aprisionando o personagem domesticado, para que seja sempre ele, a representar o enfeite psicológico do "alegre" sujeito moribundo.

Neste aspecto, as diferenças são diminutas, no concernente aos mecanismos psicológicos subjacentes da hábil e encarnada mentira, muito em voga nas vocações à política ...!!!

Saliente-se que este assunto apenas diz respeito a homens homossexuais com casamentos heterossexuais.

Não refiro a bissexualidade, por opinar que ela é tão só um comportamento, sendo, a sua essência, um desvio integrativo do sujeito em si próprio. Dito de outro modo, creio que os comportamentos bissexuais, não passam disso mesmo, de comportamentos debitados e exibidos, por pessoas homossexuais.

 

Fonte da imagem: internet

 

Certo que um cenário poderá ser criado nos escombros de outro, pelo que é de louvar todos os textos que, de um modo ou de outro, sejam produzidos no intento da promoção da ...

... IGUALDADE

... LIBERDADE

... JUSTIÇA

... de forma a que se possa viver com os direitos em vigor nos raros textos sobre as heterossexualidades ... ou sobre a psicologia da heterossexualidade humana.

... E ... quem sabe ...!!!... um dia, no futuro ...

... dos escombros do desconhecimento … surja o JUSTO DA EQUIDADE ...

… sem maçãs envenenadas … consciente mas cegamente comidas …!!!

Condenar à traição ou à sublimação, o desejo e o amor … é um atroz crime psicológico.