Olá querida pessoa. No dia de ontem alguém falava comigo sobre o medo, e eu tenho certeza de que você experimentou algum tipo de desconforto ao pensar sobre eles ou, eventualmente, se eu agora lhe pedisse para escrevê-los no papel (não o farei, pode ficar descansado(a)...!).  

Todos nós fomos criados a aprender que existiam emoções "boas" e "más". Sentimentos que fariam de nós pessoas boas e sentimentos que nos desabonariam e nos colocariam numa categoria de não-merecimento de amor, reconhecimento e admiração dos outros.

Termos aprendido que existem coisas que podemos sentir e coisas que não deveríamos sentir nunca criou a maior confusão no modo como lidamos com os nossos sentimentos e a nossa vida emocional.

A verdade que ninguém lhe disse é que não existem propriamente emoções positivas ou negativas.

Emoções são emoções, bom ou mau é o que fazemos com elas. Podemos sentir inveja de alguém e utilizar esta energia para construir uma vida mais plena e feliz, usando a inveja como uma bússula de onde queremos chegar e do que queremos viver, ou podemos comprar uma arma e matar a pessoa que invejamos - a inveja é a mesma...

Emoções são emoções, e apenas pela semântica da palavra já temos a ideia de movimento (e-movere, do latim, que significa "mover para fora"); mas será que permitimos que aquilo que sentimos se mova dentro de nós?

Nenhuma emoção permanece como tal (a ser sentida) para sempre. As emoções são energia em movimento e, se nos permitirmos entrar em contacto com cada uma delas que nos habita e esperarmos tempo o suficiente, elas simplesmente passam.

Exactamente isso que leu. Se as soubermos processar, elas passam e dão origem a outra coisa. Desdobram-se, transformam-se, sucedem-se num vai e vem que faz parte da nossa natureza cíclica.

Da mesma forma que as árvores florescem na Primavera, alcançam o apogeu da sua vitalidade no Verão, perdem as suas folhas no Outono e chegam a parecer mortas no Inverno para, logo em seguida, ressurgirem imponentes e vistosas na próxima Primavera...

Nós sentimos raiva, medo, tristeza e alegria, uma emoção transformando-se na outra e influenciando sobre a forma com que vamos criando a nossa realidade.

Sem raiva, por exemplo, não conseguimos ter energia para dar um passo na direcção de algo novo, da mesma forma que sem tristeza não conseguimos experimentar o luto que, tantas e tantas vezes, faz parte dos nossos processos vitais.

O medo saudável é o que vem garantindo a preservação da vida da nossa espécie sobre a face da Terra, e a alegria é o que nos faz perceber que estamos no lugar certo, a fazer a coisa certa.

Uma vida sem a diversidade emocional tornar-se-ia árida (uma verdadeira seca!), murcha e morta. Tente imaginar um planeta Terra a viver um eterno Verão e o que você obteria seria um enorme e devastador deserto.

No dia de hoje, proponho dar-mos mais um passo importante na direcção da nossa plenitude e libertação emocional: adentremos o universo da educação emocional.

Então, diga-me...

 

O que é que você faz com aquilo que sente?

Vamos descobrir junto(a)s!

Eis a sua tarefa de hoje. Para escrever no seu caderninho de anotações (ou no seu "Caderno do Eu", "Diário da Libertação", enfim, como lhe preferir chamar!):

1. O que é que você vem sentindo? Pare de fugir do que você sente. Escreva, com riqueza de detalhes, absolutamente tudo o que vem ocupando a sua vida emocional - mas não se preocupe em atribuir motivos ou explicar o porquê dos seus sentimentos. Simplesmente coloque no papel o nome de todas as emoções e sentimentos com que vem preenchendo o seu coração.

2. No dia de hoje, não use subterfúgios para não sentir o que você está a sentir. Não se aliene, seja de que forma for, não se distraia. Por hoje, evite qualquer coisa que o(a) afaste do que você sente e de como se vem sentindo em relação à sua própria vida. Ao final do dia, escreva no seu "Caderno do Eu" como foi estar com as suas emoções ao longo do dia.

E porque é que acolher, vivenciar e expressar as suas emoções é assim tão importante?!

Porque para além do mais (de tudo o que lhe referi em cima) se a boca cala, o corpo fala! Como assim?!

Exactamente, "O Corpo Fala Quando a Boca Cala". Quando a boca cala, o corpo fala. Quando a boca fala, o corpo sara. Conhece a expressão?

A somatização ocorre quando não conseguimos encontrar palavras para expressar a nossa dor, e isso causa mudanças significativas no nosso corpo, tal como estuda a Psicossomática (que é esse lindo casamento da Medicina com a Psicologia). 

Os sentimentos precisam ser aceites e compreendidos para que não se manifestem através de sintomas. Aceitar os seus sentimentos é permitir que estes venham sem julgamento ou tentativa de ignorá-los... 

E porquê? Porque se não deixar estes sentimentos manifestarem-se poderão aflorar noutros momentos, como no trânsito, através de uma expressão excessiva da raiva ou como uma ofensa a alguém entre muitas outras possibilidades (incluindo somatizações, isto é, patologias orgânicas). 

 

Neste vídeo que fiz vou revelar-lhe os mecanismos principais por detrás da dinâmica psicossomática, bem como os principais motivos porque aprender a receber os seus sentimentos como alguém que tem algo dizer-lhe é uma boa possibilidade. Neste vídeo, irá finalmente entender de que forma é que os seus sentimentos sinalizam qual é a necessidade que você tem naquele momento. 

Então, acompanhe-me nesta partilha e descubra como iniciar um processo de aceitação dos seus sentimentos, percebendo de que forma eles são, na verdade, importantes aliados na sua vida para passar a viver com mais saúde, felicidade e bem-estar. Clique no PLAY para assistir.

 

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