O Cascão tem o cariz e o condão do visionário!

Bonacheirão Cascão!

 

Recapitule-se:

 

O Cascão poderia ser qualquer um.

Contudo, o Cascão é um personagem de banda desenhada (BD ou “história de quadrinhos”) criado por Maurício de Sousa, em 1961.

Pelas sábias qualificações videntes, é brasileiro, sem qualquer sombra de dúvida!

É nosso irmão e também irmão de língua.

É elemento integrante da turma da Mónica.

A sua principal característica releva-se com a incontornável e prazerosa mania de não gostar de tomar banho (hidrofobia).

Um ferrenho adepto da paixão pela sujeira, pelo esterco. 

Neste ponto, podem ser extrapoladas muitas ramificações deste simbolismo.

Até mesmo às muitas definições do significante "sujeira". 

Para Cascão, sujeira é sujeira! Contudo, há muitas outras visões sobre o assunto.

Há a aplicável visão institucional e política, a visão económica e social, a visão da cegueira e a visão da conveniente cegueira.

Enfim, sujeira é sujeira!

Cascão é tão só um personagem de BD, muito ternurento e feliz na sua clara e transparente motivação.

As outras (sujeiras) já não serão nem claras nem transparentes (e muito menos honestas) nas suas fundações, nem laváveis com água, sabão e esfregão de arame!

Mas continuando com o itinerário da capacidade de ante-visão do vidente Cascão...

Devido à sua carinhosa e tremenda paixão, apreciação e satisfação pela sujeira, ele é alvo e vítima de algumas mentes dissonantes, face ao seu tão amado fedor e fonte deste.

Cascão, encontra-se perante obstáculos reais e imaginários (sim, também os tem em sonhos), diversas vezes na sua historiografia, com estes insistentes vilões. 

Há o Capitão Feio, que vive num esgoto e não gosta de concorrência sobre sujeira, apesar de, sempre que Cascão se encontra em apuros, perante água e sabão, ou sob uma mera chuvada natural, ele é salvo pelo comparsa de gostos e fedores - Capitão Feio.

Salientam-se, igualmente, as gémeas Cremilda e Clotilde que, tal como o Dr. Olimpo, vivem na obsessão das limpezas, todos poderosos representantes do neuroticismo, concludente na compulsão para a excessiva e ritualizada obediência cega, aos determínios do dito asseio.

Pois é! É tal e qual como o instituído e acrítico protocolo que se cumpre acefalamente, conduzindo a embarcação à cegueira, à brutalização e à petrificação das viabilidades do pensamento, da crítica e da razão. 

Marcha na obediência e na mansidão! Não penses! Apenas faz! ... Como os epsilons do Huxley! 

Maldição! Maldição! Maldição!

Pois... Cascão denuncia isto. 

Depois dizem, ainda por cima, que ele é a sujeira. 

Será? Não parece! Ele só tem a grandiosidade do precioso símbolo do alerta!

Que vos relembre...ele já conseguiu desinfestar uma tumba vazia de restos mortais de defunto, cheia de baratas, local onde se protegeu, em pânico, numa repentina e inesperada chuvada…!

Era ver a baratagem a sumir…!

Muitos outros e outras também fogem, quais ratazanas na ante-previsibilidade de um naufrágio, quando a força (de um povo e de um sufrágio universal) se transforma num "fedor" coeso e numa vontade de honestidade.

Adiante…

Cascão é um potente defensor de futebol, sendo o melhor e o mais completo, das elevadas competências futebolísticas, lá do sítio dele.

Tem uma namorada que se chama Cascuda e tem, também, um animal de estimação: um porco, chamado Chovinista.

São muito semelhantes no que diz respeito aos hábitos e preferências de higiene.

O Cascão tem ainda um bichinho de peluche, que é uma minhoca e chama-se Jujuba.

 

Apesar dos confrontos com o Sansão, o coelho de peluche e ferramenta bélica da Mónica, por quem é esmurrado frequentemente, juntamente com o amigo Cebolinha, não há motivo que desfaça esta turma. 

São amigos de sempre e serão: o Cascão, a Mónica, o Cebolinha e a Magali. Concluindo então as premeditações de Cascão…

Não é mesmo que o rapaz (Cascão, está de se ver!), nascido em 1961, sempre se apresentou bem estilizado? 

Apenas precoce, para a época!

Maurício de Sousa, acertou na mouche. Parabéns!

Sempre Cascão viu para lá do que se lhe apresentava ao olho ... de notar, tão só, que, qual pinheirinho manso, cuja copa é redonda e bem juntinha no cimo do tronco, sem desvios ou madeixas caídas ... também Cascão tem o seu pretinho cabelinho, bem todinho no cimo da cabeça.

Cascão, já em 1961 andava na enchente moda actual dos cortes e penteados masculinos. 

Bonita para uns e feia para outros... como tudo o que é moda! 

Cabelo rapadinho de trás e dos lados e com um tufinho ou tufão, em cima...!

Alguns também têm uns desenhos, do género de tatuagens (só que são peludas!), tal e qual os altos ou baixos relevos, consoante os gostos e texturas!

Cascão, Senhor Cascão, vamos lá com contenção!! Calma!!!

Criou (salientou!) a moda em 1961, está certo!... Que agora transborda, qual exército de soldadinhos, todos iguais e imensos, como manda a tropa da lei cega: "Maria vai com as outras ..."!

Criou a moda deste já definido corte de cabelo... mas pondere as suas visões na criação de mais modas, assim, desse jeito visionário, ainda a humanidade terá que suspender a sua função respiratória... ou mudar de gostos aromáticos!

Senhor Cascão, ainda se corre o risco de pegar a moda da sujeira (a institucional e política já está!)... contudo...

... o mundo crê nos poderes controladores de difusão de pragas, que o Cascão possui, bem como no seu apurado dom de justiça! Se preciso for, o Sansão dará uma ajuda!
Garantias mostradas pela sua capacidade de previsão face às aventureiras intenções do Cebolinha, nas suas apaixonantes invenções para arreliar e destronar a poderosa Mónica.

Se, este, mais ouvidos desse a Cascão... muitas coelhadas de Sansão seriam evitadas...!

E pega a moda do cabelo “à Cebolinha”? Serão apenas cinco cabelitos no cimo da cabeça? Recomendam-se cuidados acrescidos para o pacote dos mais friorentos!

 

Bem hajam, Cascão e companhia!

Muitos anos de oportunas, divertidas e

acolhedoras histórias para todos, 

doces companheiros e amiguinhos da BD.