O propósito deste trabalho de conclusão de curso é refletir sobre o conflito psíquico em que se manifesta a histeria. A histeria foi causadora de muitas polêmicas durante o século XVII, por ser vista como se fossem simulações e exageros. A psicanálise clássica via os sintomas corporais como uma forma de expressão dos conflitos inconscientes advindos de um trauma no inicio, de um trauma sexual sofrido pela criança na infância, por uma adulto ou uma criança mais velha. Mais tarde Sigmund Freud abandou “A teoria da sedução” e assumiu que, realmente, existia um trauma, mas não de ordem física.

Elaborou Freud após varias experiências com pacientes, em 1895, os Estudos sobre a Histeria, como ponto fundamental à “teoria de defesa” que, mais tarde, chamou “recalcamento”, abandonando, assim, a técnica de Charcot da hipnose. Solicitou que seus pacientes procurassem lembrar o fato traumático, que poderia ser a causa do sintoma. Com isso, verificou que sua insistência quanto aos esforços eram inúteis, barrando a resistência de que as se idéias tornassem conscientes. Seria como uma forma de censura por parte do ego do paciente à idéia ameaçadora, forçando-a fora da consciência, sendo a resistência um sinal externo dessa defesa. Verificou, entretanto, que a conversão seria um modo de defesa especifico da histeria.

De posse dessas teorias e com uma nova época, o histérico do final do século XIX e o histérico contemporâneo vivem cada qual a sua maneira, um sofrimento que manifesta de forma diferente, cada um deles respondendo à resistência, defesa e conversão próprias as suas respectivas épocas.

Portanto, este trabalho de conclusão de curso tem como finalidade discorrer sobre a histeria do século XVIII e, oferecendo a possibilidade de compreensão de suas expressões na contemporaneidade.