Este estudo pretendeu conhecer a representação social da toxicodependência relacionada com a criminalidade, ou seja, perceber até que ponto a dependência de drogas é associada ao crime na imagem que cada indivíduo constrói sobre estas matérias. Foi avaliada uma amostra de 125 sujeitos, estudantes da Universidade Lusófona, sendo 27 do sexo masculino e 98 do sexo feminino e cujas idades correspondem a uma média de 26,08 anos (D.P. = 6,146). A medida utilizada foi o Questionário sobre Toxicodependência e Crime (QTC), construído para o efeito. Os resultados demonstram, de uma forma geral, que a toxicodependência não se justifica, linearmente, por razões exclusivas quer do meio, quer de características de personalidade. Na generalidade, a representação social tem acompanhado a evolução da Lei, num registo de maior compreensão para o fenómeno enquanto uma doença, à qual são necessários técnicos para a sua recuperação. É, ainda, de salientar, que não são evidenciadas relações consideradas significativas entre os fenómenos droga e crime.