A relação entre paciente e psicoterapeuta é de fundamental importância para adesão ao tratamento e conseqüente melhora do indivíduo. A Contratransferência é um fenômeno presente nesta relação denominada Terapêutica. Apesar de seu conceito ser de origem psicanalítica, apresenta-se em qualquer processo psicoterápico, independente da abordagem utilizada. Autores psicanalíticos alegam que este é um fenômeno que abrange um conjunto de reações (sentimentos e comportamentos) que o profissional apresenta diante do paciente, a partir de sua transferência, não havendo um consenso sobre ser ou não inconsciente. O referencial teórico Cognitivo-Comportamental defende que a Contratransferência deve-se à reação dos esquemas (estruturas cognitivas) do terapeuta diante do funcionamento do paciente. O fato de os diferentes referencias teóricos apresentarem concepções distintas a respeito do tema não altera a relevância de estudos referentes. Cabe ao terapeuta estar alerta à suas próprias respostas emocionais e comportamentais na Relação Terapêutica, pois muitas vezes ele acaba, junto ao paciente, sendo responsável por sabotar o tratamento.