A busca do prazer, deste sentimento positivo que é um nível óptimo de estimulação e produz um nível de sensação óptima, é a tendência mais primária do Homem. Os impulsos sexuais assumem um papel fundamental nesta busca. Ora, se buscamos prazer, tendemos a experimentar a dor e o desprazer. Este desequilíbrio, para alguns é fonte de motivação sexual, para outros de não prazer sexual. Quando isto acontece e uma coisa que causava prazer deixa de causar, existe uma perda da sensibilidade a esse prazer e então estamos a falar de anedonia, que é considerada uma disfunção sexual que inviabiliza a sensação de prazer, ao indivíduo. Inclusivamente o prazer sexual. O tédio, a falta de interesse, o não desejo e a desmotivação sexual são características presentes e alarmantes de um quadro anedónico. A anedonia por si só está estritamente ligada a psicopatologias crónicas tais como a esquizofrenia ou a depressão crónica, que se manifesta por um embotamento afectivo. Contudo falaremos apenas de anedonia sexual, que não está só ligada a quadros psicopatológicos, mas também a determinadas vivências sexuais traumáticas dos indivíduos. Estas vivências sexuais inibem o acesso ao prazer em toda a sexualidade. A anedonia sexual manifesta-se de diferentes formas, tanto no homem como na mulher. Poder-se-á dizer que é uma situação que torna o indivíduo, que a vivencia, num ser sexualmente inadaptado. Contrariamente, os adolescentes, utilizam-na como um mecanismo de adaptação ao mundo exterior e à sua sexualidade.