Este artigo pretende analisar, através de pesquisa bibliográfica, como se organiza o conceito de cultura organizacional, levantando possíveis afirmações quanto à sua utilização como forma de modelo de gestão ou imposição empresarial. Em função das novas mudanças no mundo organizacional e da falência do Estado como provedor de riqueza e justiça social, as empresas passaram a ocupar o suposto lugar de um novo saber na nova ideologia dominante. A ideologia de uma nova cultura excludente, individualista, sem um pingo de crítica social, embora a responsabilidade de gerir empregos e de enfrentar a crescente onda de desemprego seja de responsabilidade dos governos locais. A responsabilidade das empresas está focada somente nos lucros e nos deveres e obrigações com os acionistas. Toda sua suposta boa intenção depende das condições do mercado, pois garantir estabilidade depende agora de esforços individuais dos próprios empregados responsáveis pelos seus novos destinos. Toda sua ideologia está calcada numa nova cultura que é imposta, de maneira sutil, pela cultura empresarial vigente.