No presente estudo, pretende-se discutir acerca da problemática do bullying no contexto escolar com base numa revisão bibliográfica. É analisada a evolução do estudo desta problemática que consiste em agressões praticadas por aluno (s) contra outro (s), de maneira repetida e intencional, sem motivação evidente, podendo-se traduzir em traumas profundas para as consequentes vítimas. São revistas as suas taxas de prevalência que estão actualmente a tomar proporções cada vez mais preocupantes e nas nossas escolas, existem cada vez mais alunos a serem vitimizados e a sofrerem com os mais variados tipos de agressões. Ao longo do trabalho são discutidas as variadas causas apontadas para este fenómeno, dando especial ênfase ao papel da família. Este acaba por ser um factor partilhado pelos inúmeros autores que se reflecte sobre a carência afectiva; ausência de limites; modo de afirmação de poder; e de autoridade dos pais sobre os filhos, por meio de «práticas educativas», que incluem essencialmente os maus – tratos físicos. Todos os envolvidos na prática de bullying, acabam por sofrer com este, tanto os agressores, as vítimas como também as testemunhas, para além de todo o ambiente escolar. O convívio num ambiente de medo e ansiedade, acaba por gerar e incentivar nos alunos comportamentos delinquentes, violentos e de abuso de drogas. Na segunda parte do trabalho apresentam-se medidas para enfrentar estas consequências que permitam fazer frente a este flagelo. Apresentam-se assim características gerais subjacentes às estratégias de prevenção e o exemplo de um programa. O Programa Educar para a Paz, tem-se vindo a tornar um modelo a seguir, devido aos excelentes resultados obtidos com este. Este programa para além de pretender a erradicação deste fenómeno, tem como objectivo disseminar a cultura de paz nas escolas.