O comportamento alimentar tem duas principais funções: manter a quantidade de nutrientes necessárias a nossa sobrevivência (processos fisiológicos) e obter o prazer que o ato de comer nos proporciona. Cada indivíduo, em particular, está sujeito a fatores genéticos na escolha do tipo e da quantidade de alimentos a consumir. Quando nosso sistema está em desequilíbrio, há possibilidade de desencadear alguns transtornos alimentares, como anorexia, bulimia e obesidade. As principais características da anorexia são: baixa auto-estima, dificuldade em manter o peso acima do considerado normal para a idade e altura, medo de engordar e negação da seriedade do baixo peso. Já na bulimia, o principal aspecto a ser observado no paciente é a compulsão por comida. Essa perda do controle em relação à alimentação é seguida de indução do vômito, uso de laxantes e diuréticos. Uma das formas de aliviar a tensão emocional é comer compulsivamente em um curto espaço de tempo. A obesidade é gerada quando há ingestão de alimento superior ao gasto energético. Os indivíduos podem apresentar dificuldades em obter prazer nas relações sociais, por se sentirem discriminados, o que os leva ao isolamento. Por outro lado, esses sentimentos fazem os obesos enxergarem a comida como importante fonte de prazer. Através deste trabalho, propomos analisar o comportamento alimentar associado a distúrbios que indiquem sintomas de transtornos alimentares (bulimia nervosa, anorexia nervosa e obesidade). Trata-se de uma revisão de literatura, em que foram utilizados dez artigos científicos datados entre 2004 e 2009. O objetivo em comum entre os artigos foi observar como alterações no comportamento alimentar ocasionam os distúrbios alimentares, e quais podem ser os tratamentos - farmacológicos e/ou psicoterápicos - para tais casos. Além disso, os participantes analisados foram, na maioria, mulheres jovens adultas com média de 30 anos. Os principais resultados foram que mulheres jovens e em idade reprodutiva tendem a desenvolver compulsão alimentar e distorção da imagem corporal (quando comparado ao sexo masculino); e pessoas que sofrem de algum problema particular (estresse, problemas, ansiedade) tendem a desenvolver mais transtornos alimentares do que as demais pessoas.