O nascimento e a morte são etapas que marcam e alteram as dinâmicas familiares. A primeira é recebida, normalmente, com satisfação enquanto que a segunda ficará marcada pelo sentimento de angústia e perda. Para ambas as etapas existem rituais associados, tendo estes um valor simbólico muito importante para a família mais próxima. A morte é a etapa onde a problemática do desamparo, da perda objectal, da angústia e do sofrimento psíquico em geral aparecem de forma mais preocupante e é necessário que se efectue um processo de luto adequado. O processo de luto encontra-se revestido de grande especificidade, seja em que etapa ou fase da vida se encontra a pessoa. Uma mãe que perde um filho terá em volta um largo conjunto de sentimentos que implicam variados processos de lidar com a perda e consigo própria, estando ambos os processos associados.