Diante dos novos arranjos sociais que surgem nos últimos anos e avanços teórico-práticos nas áreas do Direito e da Psicologia, o processo multidisciplinar torna-se essencial nessas profissões, visando compreender e ordenar o homem no mundo. A partir de um caráter dialético da realidade social, é possível distinguir os limites dos sujeitos frente a seu processo ontológico e de inserção social. O curso de Direito intenta nortear o homem dentro de uma conduta que possibilita um bem-estar social. O curso de Psicologia, por sua vez, mantém seu foco em conhecer o comportamento humano e suas relações com o mundo. Essas áreas unidas mostram-se eficazes e produzem um melhor entendimento sobre o mundo, criando possibilidades de intervenções efetivas. Este artigo, elaborado a partir de conversas transversais entre acadêmicos de Psicologia e Direito, propõe-se a refletir sobre a infância e o menor-infrator e sua construção conceitual a partir das agências de controles sociais.