A Psicologia Jurídica no Brasil foi institucionalizada em meados do final da década de 60, quando a profissão do psicólogo tornou-se reconhecida. A princípio, a função do Psicólogo Jurídico era voltada para a realização de testes de personalidade, criminológico e parecer técnico como respaldo para outras comissões. Atualmente, esta área de atuação vem efetivando sua importância no âmbito jurídico e ampliando sua prática, onde um dos requisitos de conhecimento crucial para o psicólogo na contemporaneidade é o estudo sobre as distintas formas de dinâmicas familiares, bem como este aspecto intervêm no litígio judicial. O presente trabalho tem por intuito abranger a perspectiva da função exercida pelo profissional de psicologia no âmbito judiciário e sua atuação embasada nos aspectos da dinâmica da família. Utilizou-se como metodologia, revisões de artigos científicos respaldados no assunto pertinente, bem como a coleta e análise de dados por intermédio de uma entrevista realizada pelos docentes, com uma Psicóloga Jurídica, tendo-se Eduardo Ponte Brandão como autor de maior referência. A Psicologia e o ramo do Direito em sua ciência possuem um quesito primordial em comum, que é vislumbrar o comportamento humano, com olhares distintos sobre tal aspecto. Porém, a prática do Psicólogo Jurídico ainda é escassa e, em algumas cidades do interior, não há respaldo algum sobre as definições de funções e áreas específicas para sua atuação. Os ramos como o Direito da Família, Direito da Criança e do Adolescente, Direito Civil, Direito Penal e Direito do trabalho, são exemplos que demandam o exercício do profissional de psicologia. Atualmente, um dos atributos a que se destina a função do Psicólogo Jurídico, é a de cooperar com a aplicação dos direitos perante a dinâmica familiar dos envolvidos, buscando prevalecer sempre o bem estar emocional dos mesmos, utilizando aportes técnicos distintos dos demais profissionais da justiça, dando sua contribuição para a mediação dos conflitos, objetivando a resolução problemática de modo mais humanizado. Convém ressaltar que o profissional em psicologia no âmbito jurídico deve acompanhar os desfechos dos fatos e demandas atribuídas neste ramo, proporcionando uma nova roupagem – a de valorizar e pôr em prática a humanização, além do reconhecimento das particularidades e singularidades dos envolvidos levando em consideração que cada caso advém de uma dinâmica específica.