A partir da modernidade, começou-se a valorizar cada vez mais o homem-máquina no lugar do homem-desejante. Com isso, a depressão passou a ser uma marca da expressão subjetiva dos sujeitos contemporâneos. No início do século XX, dois discursos se desenvolveram de maneira concomitante no que diz respeito ao tratamento e à compreensão da depressão e da melancolia: o psiquiátrico e o psicanalítico. Neste ensaio, buscou-se analisar o fenômeno depressivo por um olhar psicanalítico e, especificamente, refletir sobre como este fenômeno se expressa na infância. Por fim, discutiram-se possibilidades e limites da prática clínica com crianças no contexto atual.