A evidência sugere que a estimulação cognitiva tem um efeito positivo na cognição, na sintomatologia depressiva e na autonomia dos idosos e, por conseguinte, da qualidade de vida das famílias, pelo que se aconselha a sua implementação como componente do cuidado a idosos em contexto comunitário, sendo importante uma comunicação eficiente entre o profissional/cuidador e o utente idoso no processo de cuidar. A amostra deste estudo integra utentes do Centro de Solidariedade Social da Adémia (CSSA) - Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), com foco na população idosa com resposta social de Centro de Dia (CD) e de Serviço de Apoio Domiciliário (SAD), que deram entrada até ao início dos programas de estimulação cognitiva e em função dos resultados da Avaliação Neuropsicológica efetuada. Os programas de estimulação cognitivo-sensorial com efeitos positivos mais notórios foram os orientados para os domínios Memória e Atenção/Orientação, em que quase todos os participantes evidenciaram melhorias das pontuações finais relativamente aos padrões iniciais. No entanto, ao considerarmos as variáveis associadas, sejam as socio-demográficas (e.g.; género; idade; nível de escolaridade) ou outras de relevância na literatura (e.g.; resposta social; tipo de doença; contextos de saúde; exercício físico; efeitos da medicação; assiduidade; motivação), não nos é permitido tirar conclusões por falta de dados contundentes pelo que sugerimos a continuidade do trabalho efetivado no sentido de se efetuarem estudos correlacionais, aplicando estatísticas inferenciais, que possam dizer mais da relação entre estas e/ou outras variáveis, neste ou noutro grupo de idosos do CSSA-IPSS. Consideramos também a utilidade de um estudo de investigação neste âmbito em que os idosos possam ser agrupados por grupo clínico.