O presente trabalho objetivou apresentar os conceitos de angústia, verdade e absurdo em Kierkegaard, Nietzsche e Camus, respectivamente, contextualizando seus pensamentos com base em outros autores que estudaram suas obras através de revisão bibliográfica. Utilizamos o pensamento filosófico-existencial de Jean-Paul Sartre como ponto de referência para análise dos conceitos apresentados, além de expor o contexto histórico desse movimento filosófico. O trabalho buscou traçar um paralelo entre conceitos filosóficos e a prática clínica. Pensando na clínica psicológica como espaço de transformação de aspectos fundamentais do humano, entendemos que a abordagem existencialista associada com tais conceitos apresenta uma possibilidade de atuação que tem como pressupostos a liberdade, as escolhas e a responsabilidade individual e coletiva, que preza por uma vida mais autêntica e que permite o movimento de projetar-se partindo do sujeito que deseja. Pensando na filosofia como área de saber que, neste trabalho, tem como objeto a investigação sobre a condição do humano, nos mostra ser possível associar esse conhecimento teórico em fins práticos como a clínica. A psicologia aqui se apresenta como o espaço no qual dispõe de uma teoria e técnica que nos embasa na atuação que tem como objetivo central a saúde psíquica do sujeito, seja pela reflexão sobre sua situação existencial, suas escolhas e responsabilidades.