Na teoria moderna do cérebro, assume-se que os conjuntos de células corticais formam a base das funções cerebrais superiores tais como o processamento da forma e das palavras. Quando os gestos ou as palavras são produzidos e percebidos repetidamente pela criança, os conjuntos de células desenvolvem-se, o que representa blocos de construção do processamento cognitivo. Isto conduz a uma predição óbvia: a activação de conjuntos de células (“ignição”) deveria ocorrer face à apresentação de itens relevantes para a cognição (por exemplo com palavras tais como “lua”), enquanto que não deveria ocorrer qualquer ignição com itens sem significado (por exemplo com pseudo-palavras tais como “pua”).

A actividade dos conjuntos de células poderá reflectir-se por respostas cerebrais de alta frequência, tais como oscilações sincrónicas ou padrões de actividade espacio-temporais rítmicas onde participam um grande número de neurónios. Em experiências recentes de EMG e EEG, foram observadas respostas diferenciais de banda-gama do cérebro humano perante a apresentação de palavras e de pseudo-palavras. Estes resultados são consistentes com a ideia de que a activação coerente e rítmica rápida de conjuntos grandes de neurónios ocorre com palavras mas não com pseudo-palavras.