Num contexto forense uma testemunha é um contributo-chave.

Muita investigação recente tem-se direccionado no sentido de ajudar testemunhas a conseguir recordações o mais completas e precisas possível. Uma das técnicas emergentes mais promissoras é a entrevista cognitiva.

Os testes da entrevista cognitiva com jovens adultos sugerem que ela gera ganhos consistentes e significativos ao nível da quantidade de informação correcta que é recordada. Contudo, estudos mais recentes (com adultos e crianças) sugerem que os ganhos são acompanhados de um aumento de erros e confabulações.

Estes resultados têm implicações importantes para a entrevista cognitiva enquanto instrumento forense. Neste sentido, o presente artigo analisa criticamente os resultados e levanta questões teóricas e metodológicas que surgem do trabalho na entrevista cognitiva. São também consideradas implicações práticas mais vastas sobre este trabalho.