Quando falamos de Skinner referimo-nos a um teórico que actualmente não apoia nenhuma teoria, um sistémico cujo sistema ainda se encontra em desenvolvimento, um pensador construtivo cujas contribuições mais importantes têm sido aquelas com carga crítica.

No decurso das suas publicações, Skinner apresentou os resultados de um programa experimental e elaborou uma teoria do comportamento baseada naqueles. Desde a sua publicação em "The Behavior of Organisms ", Skinner modificou largamente a sua teoria mediante a eliminação de vários conceitos centrais, não os substituindo por outros.

As suas publicações não são, contudo, suficientes para nos permitir analisar o sistema no seu presente estado. Deste modo, restringir-nos-emos a uma análise da sua forma anterior.

Examinando a sua teoria podemos aprender algo acerca das razões da sua alteração, e , quem sabe, descobrir algumas relações entre a adequabilidade da teoria tal como foi relatada e os procedimentos seguidos na sua construção. O facto de algumas partes da teoria apresentada em 1938 já não reunirem uma aceitação unânime não surge como relevante para os objectivos deste artigo.

Neste trabalho verificar-se-á que a revisão das perspectivas teóricas de Skinner não se alargou aos seus pressupostos básicos acerca da natureza da teoria psicológica, nem às afirmações elementares acerca das leis fundamentais do comportamento. A sua posição sistemática continua intacta. As revisões centram-se essencialmente ao nível dos conceitos complexos introduzidos.