As abordagens evolutivas acerca dos cuidados parentais sugerem que os pais não investirão automaticamente em todos os seus filhos, podendo reduzir ou eliminar o investimento nos seus filhos se os custos ultrapassarem aos benefícios. A falta de apoio paternal ou social aumentará os custos para as mães, enquanto que os problemas de saúde do recém-nascido reduzirão os ganhos evolutivos. Numerosos estudos apoiam a correlação entre a depressão pós-parto (DPP) e a falta de apoio social ou indicadores de possíveis problemas de saúde ou desenvolvimentais no bebé. Deste modo, a DPP poderá constituir uma reacção adaptativa que informa as mães de que sofrem ou sofreram um grande desgaste físico, que as motiva para reduzir ou eliminar o investimento nos recém-nascidos sob determinadas circunstâncias, e que as poderá ajudar a negociar maiores níveis de apoio e investimento por parte de outros significativos. O DPP também parece ser um bom modelo para a depressão em geral.