Verifica-se que nos homens, elevados níveis de testosterona parecem encorajar comportamentos aparentemente direccionados para o domínio - para aumentar o estatuto da pessoa - sobre os outros. Por vezes, o comportamento dominante é agressivo, sendo seu objectivo aparente infligir sofrimento na outra pessoa. Contudo, na maior parte das vezes a dominância é expressa de modo não agressivo. Por vezes, o comportamento dominante assume a forma do comportamento antisocial, onde se inclui a rebelião contra a autoridade e o incumprimento das leis.

A medição da testosterona em determinado momento do tempo - presumivelmente indicativa no nível basal de testosterona do homem - permite prever muitos destes comportamentos dominantes ou antissociais. Constata-se que a testosterona não só afecta o comportamento, mas também responde a este. O acto de competir pelo estatuto dominante parece afectar os níveis de testosterona nos homens de duas formas. Primeiro, a testosterona aumenta face a uma situação de desafio, como se se tratasse de uma resposta antecipatória a uma competição iminente. Segundo, após a competição, os níveis de testosterona aumentam nos vencedores e diminuem nos perdedores.

Deste modo, parece existir uma relação de reciprocidade entre a testosterona e o comportamento dominante, um afectando o outro. Compara-se e contrapõe-se, assim, um “modelo de reciprocidade” - no qual o nível de testosterona é variável, actuando como causa e efeito do comportamento - a um “modelo basal”, no qual se assume que o nível de testosterona é um traço persistente que influencia o comportamento.

Discutem-se ainda as implicações sociológicas destes modelos.