Este artigo levanta a questão de como o auto-diálogo medeia a consciência de si. É defendido que o processo de aquisição da auto-informação pode ser visto como uma tarefa de resolução de problemas, e que o auto-diálogo pode facilitar este processo (tal como para quaisquer outros problemas) promovendo uma formulação e aproximação precisas ao problema, através de uma focalização adequada da atenção na tarefa, e através de auto-avaliações constantes. É desenvolvida uma análise complementar das possíveis características de um diálogo interno eficaz na aquisição de auto-informação. Entre outros, colocar-se na perspectiva dos outros através do auto-diálogo, possuir um vocabulário rico acerca de si próprio, e prestar atenção ao conteúdo do próprio auto-diálogo são vistos como componentes importantes. São também discutidas as implicações clínicas levantadas por esta análise.