A aquisição do conhecimento é um processo de desenvolvimento de modelos qualitativos de sistemas no mundo (físico, social, tecnológico) frequentemente pela primeira vez, não extraindo factos e regras que já estão escritas e arquivadas na mente de um especialista.

Os modelos de raciocínio descrevem como as pessoas se comportam: como interactivamente recolhem informações através da observação e da colocação de perguntas, como representam uma situação dizendo e escrevendo algo e como planeiam agir em determinado meio.

Contudo, estes modelos são, inerentemente, mecanismos frágeis: a reinterpretação humana de regras e procedimentos é metafórica, baseada na categorização perceptiva pré-linguística e na coordenação sensório-motora não deliberada.

Esta visão das pessoas ligada a modelos computacionais oferece uma perspectiva alternativa acerca daquilo que as ferramentas podem ser e do processo de design das ferramentas. Os engenheiros do conhecimento são chamados a colaborar com cientistas sociais e com trabalhadores no design do local de trabalho e das ferramentas destinadas a promover a criatividade do trabalhador e a sua resposta a situações não antecipadas.

É enfatizado o aumento das capacidades humanas à medida em que interagem entre si para construir novas conceptualizações, e não para simplesmente automatizar os comportamentos rotineiros. O desenvolvimento de software no contexto real de utilização mantém uma ligação a factores sociais, não técnicos, tais como a propriedade das ideias e a autoridade para participar.

O papel da engenharia do conhecimento não é apenas o de “capturar o conhecimento” num programa entregue aos utilizadores pelos técnicos. Pelo contrário, procura-se desenvolver ferramentas que ajudem as pessoas na comunidade, na sua prática do dia-a-dia de criação de novas compreensões e capacidades e de novas formas de conhecimento.