Motivada pelo interesse por orientação educativa e profissional, apresento neste trabalho algumas reflexões sobre o tema segundo uma perspectiva de contributo para a escola e para a família. Considerou-se por muito tempo que a orientação profissional era uma actividade programada para o período de vida vida correspondente à escolha da profissão. Felizmente, esta perspectiva tem vindo a ficar para trás, considerando-se que a orientação profissional é um processo permanente disponível à criança, ao adolescente, ao jovem e também ao adulto.

Neste sentido, a escolha profissional não é uma solução rápida para um problema urgente para o qual o sujeito não teve preparação prévia. Logicamente, isto coloca um desafio à instituição educativa pois a sua missão consiste em criar condições para que o jovem se vá preparando para a escolha da carreira e que tome um verdadeiro acto de auto-determinação.

Para consegui-lo com autenticidade o jovem necessita de toda uma aprendizagem produzida ao longo de anos, e ao mesmo tempo que lhe sejam proporcionados uma série de conhecimentos preparatórios, informação sobre o meio social, laboral e educativo, assim como vivências e reflexões sobre as suas características personológicas e a sua afinidade (ou não) com as exigências da carreira que deseja construir.