A teoria da evolução sugere que as características adaptativas são reproduzidas com mais sucesso do que as não adaptativas. Assim sendo, a selecção natural deveria favorecer a heterossexualidade dado que esta facilita a reprodução e a propagação dos genes.

Contudo, coloca-se a seguinte questão: o que tem mantido a homossexualidade presente numa pequena mas consistente percentagem da população humana?

A investigação sobre os factores evolutivos e hormonais associados à orientação homossexual têm apresentados resultados provocativos mas inconsistentes. Tal sugere que a orientação sexual humana, em especial a orientação homossexual, é demasiado complexa para ser descrita por um único modelo ou uma única área de investigação.

O presente trabalho apresenta um novo caminho e enfatiza uma abordagem integradora para a compreensão da homossexualidade. Os autores analisam o efeito conjunto dos factores evolutivos e dos processos neuro-hormonais no que se refere ao desenvolvimento da orientação homossexual. Sugere-se ainda que a investigação nesta área poderia beneficiar da análise e mudança de alguns pressupostos nos quais esta se tem baseado no passado.