Este estudo aborda o dano moral resultante de erro médico, levando-se em consideração suas conseqüências e reflexos. Levanta as razões pelas quais pessoas de diferentes classes sociais recebem tratamento diferenciado ao ser valorado, reconhecido e indenizado o dano moral proveniente de erro médico. É utilizada uma abordagem qualitativa, com análise das respostas de quinze pacientes a entrevistas sobre o dano moral sofrido e análise de atos judiciais que reconhecem e determinam seu valor. Nossos resultados apontam que o exercício da Medicina profissões cria perigo de danos culposos a outrem, quando o profissional a exerce com negligência, imprudência e imperícia. Em conclusão, entendemos que, se a dor física é a mesma para pessoas de classes sociais diversas, não pode ser dado tratamento diferenciado à dor moral. Dor moral não pode ter correspondência com a situação econômica e social do indivíduo lesado.