O conceito de transferência, aplicado à clínica da psicose, levanta uma série de problemas no âmbito das práticas institucionais relativas aos Serviços de Saúde Mental. A transferência na psicose se orienta a partir de seu caráter delirante (erotômano e/ou persecutório) e tem como efeito a constituição do Outro que faz do sujeito seu objeto. A instituição, conforme as normas estabelecidas na conduta do tratamento, pode sustentar o sujeito em tal condição, impedindo-o de se deslocar de sua posição de objeto. A função do psicanalista na instituição consiste em fazer um corte em seu saber, para que a partir daí o sujeito possa advir.