Pretende-se com este trabalho apresentar os principais factores que contribuem para explicar as vivências de mal-estar e de bem-estar docentes. Desenvolvemos uma perspectiva integradora, de carácter transacional e cognitivista, onde explicamos as relações ocorridas entre as situações indutoras de mal-estar, as experiências de mal-estar, as estratégias de resposta e as consequências das mesmas no ambiente de trabalho e na saúde mental dos professores. Propomos fazer uma introdução ao estudo de algumas das principais emoções de mal-estar, referindo a sua relevância em termos de níveis de incidência e de custos individuais e sociais, indicando alguns dos factores, pessoais, interpessoais, organizacionais e sociais, que contribuem para uma expressão tão marcada destes problemas na docência. Contudo, ressalvamos nesta abordagem os factores que conduzem muitos professores a conseguirem reagir adaptativamente face às dificuldades profissionais desenvolvendo bem-estar. Procuramos contribuir para uma perspectiva actuactiva e profiláctica, verdadeiramente capaz de ajudar os professores a prevenir o mal-estar, de actuar face aos principais indicadores de mal-estar e, fundamentalmente, a tornarem-se promotores de bem-estar docente.