Sabe-se que o desenvolvimento infantil é vivenciado de uma forma subjetiva por cada criança, mas organizado por uma ordem de estágios sequenciais, que levam em conta sempre o meio social e a genética. A hospitalização infantil é um acontecimento inesperado que desencadeia preocupação tanto para a criança como para sua família, assim como com o seu processo de desenvolvimento. Assim, o objetivo deste estudo foi aprofundar os conhecimentos sobre a criança e seu desenvolvimento, a criança doente, o processo de hospitalização e o papel do psicólogo no atendimento da criança e sua família. Para tal foram realizadas pesquisas em bases de dados eletrônicos (Scielo, Pepsico, entre outras) e publicações disponíveis na biblioteca física e virtual das Faculdades de Dracena, utilizando as palavras-chaves: desenvolvimento infantil, criança doente, hospitalização infantil, psicólogo hospitalar. Através do estudo notou-se que o desenvolvimento infantil sofre influência de fatores biopsicossociais e que a criança, ao ficar doente, fica exposta a situações que podem acarretar consequências no seu processo de desenvolvimento e em sua vida adulta. Assim, diante da hospitalização e do número limitado de mecanismos de enfrentamento para lidar com os estressores do ambiente hospitalar, a criança necessita, por vezes, de apoio externo. A presença da família promove e mantém a interrelação criança, família e hospitalização, minimizando os efeitos negativos e maximizando a adaptação à situação de doença e processo de internação. Assim como, um suporte psicológico que proporcione a ela e a sua família uma melhor compreensão e expressão dos sentimentos e ansiedades. Conclui-se então que o ambiente hospitalar é desencadeador de sofrimento psíquico decorrente de variados aspectos e que há a necessidade de se implementar práticas para o acolhimento e amenização dessas dores, contribuindo para minimização dos prejuízos no desenvolvimento biopsicossocial destas crianças. Tarefa essa que pode ser desenvolvida com a presença do psicólogo hospitalar junto a esta criança hospitalizada e com uma prática que promova o fortalecimento e saúde psíquica da criança e sua família. No entanto, infelizmente, os psicólogos hospitalares ainda são poucos, em especial, nos hospitais do interior dos estados brasileiros, sendo importante, frente a evidente contribuição destes, que investimentos públicos e privados sejam feitos neste sentido, pois só assim, poder-se-á favorecer um desenvolvimento adequado às crianças que estão acometidas por doenças graves.

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