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A importância das terapias cognitivo-comportamentais na manutenção da abstinência à nicotina

2019
sergiompf@hotmail.com
Psicólogo clínico

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A importância das terapias cognitivo-comportamentais na manutenção da abstinência à nicotina

Os consumos de tabaco e produtos similares com a presença de nicotina continuam a serem responsáveis por milhões de mortes em todo o mundo. Estima-se que entre 30% a 50% dos consumos de nicotina escalam para situações problemáticas, com graves prejuízos para a saúde do fumador e consumindo um valor significativo de recursos financeiros em saúde. Nos últimos 30 anos, têm sido desenvolvidas inúmeras campanhas de educação, informação e sensibilização para a perigosidade dos consumos de produtos contendo nicotina, sem, contudo, terem os efeitos desejados. A emergência de novos produtos de consumo de nicotina, para além do “cigarro tradicional” poderá ser mais um obstáculo à real diminuição de consumidores de nicotina, assim como na quantidade consumida por cada pessoa com dependência à nicotina. Assim sendo, poderá ser mais um incentivo, dos muitos já identificados por estudos efetuados ao longo do tempo, para a iniciação de consumos de produtos contendo nicotina, para a instalação da dependência e para a escalada do uso problemático. No entanto, existe uma faixa significativa de consumidores de produtos de nicotina que recorrem aos serviços de saúde na tentativa de iniciar um tratamento de desabituação à nicotina. O presente artigo pretende expor a importância da intervenção cognitiva-comportamental para a desabituação à nicotina, como terapia complementar, mas não menos importante, relativamente à terapia farmacológica, no processo de desabituação à nicotina. Esta complementaridade poderá resultar em ganhos significativos para a saúde da pessoa dependente da nicotina, assim como uma maximização de recursos financeiros envolvidos neste processo.

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