PUB


 

 

Discursos de ódio politizados: possibilidade de exercer influência comportamental entre o eleitorado inaugural

2019
colisaocm@gmail.com
Estudante do curso de graduação em psicologia pela Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (FACHO), Brasil.

A- A A+
Discursos de ódio politizados: possibilidade de exercer influência comportamental entre o eleitorado inaugural

É indiscutível a ideia de que os diálogos, em geral, não provocam determinados estímulos; tanto para o locutor, quanto para o interlocutor. Isso perpassa por um conceito simples de que um dos diferenciais da espécie humana é justamente a socialização através da comunicação. A linguagem, nesse sentido, é inclusive um instrumento de inserção, participação e atuação social. É válido afirmar que, nos parâmetros convencionais, a comunicação exerce influência pois ela transmite, a priori, intencionalidades. Sendo assim, os discursos, em enfoque os politizados, têm uma maior possibilidade de influenciar e até de condicionar determinados comportamentos por questões sociais coercitivas; aspectos coercivos, esses, que se evidenciam mais entre o eleitorado inaugural. O seguinte trabalho objetiva discutir a respeito de como os discursos, e em enfoque os de ódio, exercem influência sobre o comportamento humano quando os mesmos são proferidos por apologia política. Por se tratar de um estudo qualitativo, a utilização e revisão bibliográfica, bem como consultas a artigos específicos em comunicação e da área em psicologia já existentes, fomentaram a metodologia deste trabalho. Dessa forma, artigos, teses, livros e relatórios, encontrados em plataformas digitais como SciElo, CAPES, BDTD e CFP, tornaram possível o destrinchar do tema abordado. A pesquisa resultou em uma avaliação mais detalhada das motivações e processos coercitivos que os discursos de ódio exercem, principalmente entre os adolescentes e jovens, assim como no diagnóstico de fatores contribuintes para a propagação de tais discursos, baseados em uma concepção política. Sendo assim, o levantamento hipotético do funcionamento da linguagem, comunicação e suas atribuições que contribuem para o condicionamento comportamental, como também os fatores de motivação situacionais sob uma avaliação contextual, são resulto da avaliação deste trabalho. A questão da identificação com o interlocutor dos discursos de ódio, esses quando proferidos por personalidades políticas, se evidenciou na análise causal da propagação desses discursos; sendo importante considerar que aquele que propaga tais discursos sente legitimidade perante esses por ser e se sentir representado quanto essas falas. Conclui-se que as especificidades e características humanas favorecem o processo comunicativo e que esse processo é resultante de interação social; dessa forma, os discursos de ódio politizados são resulto de uma adaptabilidade ao meio; meio esse que coincide entre o público jovem de maneira mais evidenciada.

 Ler texto integral em PDF