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O autoconceito em crianças e pré-adolescentes numa amostra de famílias de origem e famílias de acolhimento

2009
barbara_casemira@hotmail.com
Universidade Fernando Pessoa, Porto (Portugal)

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 O autoconceito em crianças e pré-adolescentes numa amostra de famílias de origem e famílias de acolhimento Nova página 1

O presente estudo teve como objectivo principal conhecer um pouco mais a realidade psicológica de crianças que vivem em famílias de acolhimento, através do estudo do Autoconceito que constitui um constructo de elevada importância na formação da personalidade dos indivíduos. Para a avaliação do Autoconceito, utilizou-se a Escala de Autoconceito ‘Como é que eu sou’ para crianças e pré-adolescentes, adaptada por Costa (s/d), a partir da adaptação portuguesa, por Martins, Peixoto, Mata e Monteiro (1995), da Escala de Autoconceito e Auto-Estima para crianças e pré-adolescentes de Susan Harter. A população do estudo é constituída por crianças que vivem em famílias de acolhimento e em famílias de origem. Os participantes constituíram uma amostra de 58 crianças, com idades compreendidas entre os 8 e os 12 anos (M=9,52), das quais 30 eram oriundas de famílias de acolhimento e 28 de famílias de origem. Os resultados obtidos parecem indicar que apenas se verificam diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos de crianças na sub-escala relativa à Auto-Estima, apresentando as crianças que vivem em famílias de origem uma maior auto-estima do que aquelas que vivem em famílias de acolhimento. Contrariamente aos resultados provenientes da literatura analisada, não se verifica a existência de diferenças significativas entre os dois grupos de crianças, nas restantes sub-escalas do Autoconceito. Quanto à diferença entre géneros, e de acordo com a literatura, parecem existir diferenças estatisticamente significativas na sub-escala relativa à competência atlética, apresentando os indivíduos do sexo masculino um maior autoconceito do que os indivíduos do sexo feminino. No entanto, e contrariamente à literatura, não foram encontradas outras diferenças estatisticamente significativas entre os géneros.

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