A aceitação incondicional de si próprio é fundamental no processo de bem-estar mental
ingriddiassantana@gmail.com
Formada em Psicologia pela Faculdade da Cidade do Salvador, com atuação clínica na abordagem centrada na pessoa e pós graduanda em psicopedagogia pela UNIFACS (Brasil)
Publicado no Psicologia.pt a: 2019-01-21
Através da aceitação do que se é, vivenciando a congruência entre o que pensamos, sentimos, experienciamos, e comunicamos; é que o processo de “cura” ou desenvolvimento do ser é possível.
Acolher o que há e também o que não há dentro de nós, faz parte desse processo.
Saber que nós somos seres únicos, pois não há ninguém nesse planeta, idêntico a nós, bem como entender que somos complexos, estamos em constante mudança - pois a pessoa que dormiu ontem de um jeito, acordou diferente hoje, devido as experiências e aprendizagens do dia anterior.
Entender que iremos falhar - e nesse processo, aprender com o erro é imprescindível para não repeti-lo e se perdoar ;
Identificar nossas imperfeiçoes, e que algumas são capazes de serem mudadas e outras não.
Pois de fato é um problema, quando não queremos ser nós mesmos; é o que está por trás de muitos problemas de inferioridade, e questões de saúde mental; com receio do julgamento alheio, medo de críticas negativas, imposição de auto rotulação; vamos aos poucos nos afastando do ser que somos; mas somente quando “nos despimos” a nós mesmos e ao outro, é que teremos a oportunidade real de nos apaixonarmos por nós ,e o outro terá a oportunidade de escolher gostar de nós ou não, mantendo uma relação afetiva de apreço.
Passe a cultivar o hábito da mudança, criando e emitindo para si a pessoa que deseja tornar-se, com alteração de comportamentos destrutivos e autodestrutivos, com desapego dos rótulos, com reforço de pensamentos positivos acerca de si, aproximar-se de atividades que desenvolvam sua criatividade e promovam o contato social, ter a oportunidade de viver o momento presente, apreciando a si e fazendo autorreflexões nem que seja por 5 min. diários, sendo compreensivo consigo, e aceitando que mudanças são inevitáveis.
Aceitar-se, não é desistir; mas o primeiro passo para a mudança!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARNEGIE, Dale. Como evitar preocupações e começar a viver. São Paulo : Companhia Editora Nacional, 2003.
ROGERS, Carl. Um Jeito de Ser . São Paulo: EPU, 1987.
ROGERS, Carl. Tornar-se pessoa. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
WILSON, Rob e BRANCH, Rhena. Supere a Baixa Autoestima Aceitando a si Mesmo. In: Terapia cognitivo-comportamental para leigos. Rio de Janeiro : Alta Books, 2011. p. 159-173.