Recentemente, a ONU (Organização das Nações Unidas) elegeu os países mais felizes do mundo em 2017 e mais uma vez, demonstrou-se que os países nórdicos são os países mais felizes do mundo, com a Noruega em primeiro lugar, seguida pela Dinamarca e a Islândia, Finlândia, Suíça e Suécia entre os dez primeiros. Portugal ocupa a posição 89ª.

Ainda assim, a frieza do clima, o afastamento geográfico e a solidão que têm sido associados aos habitantes do Norte, em nada impediram que continuassem a manter o pódio de honra por mais um ano. Obteve novamente as melhores taxas de bem-estar e felicidade.

Mas afinal o que podemos aprender com estes países? E qual é o seu segredo?

Eu chamo-me Sara, sou portuguesa e vivo na Dinamarca. E isto foi o que aprendi com os dinamarqueses e quero partilhar.

A Dinamarca tem uma população de cerca de 5 milhões e meio de habitantes, todos eles satisfeitos com o seu sistema. É um dos países com maior PIB per capita do mundo e um dos níveis de corrupção mais baixos. Os dinamarqueses sentem-se muito seguros no seu local de trabalho porque sabem que se perderem o seu trabalho o estado irá suportá-los até encontrarem outro.  Não há discriminação com a idade, sexo, se tem filhos ou não, etc.… no que toca a empregabilidade.

Os nórdicos veem a origem da sua felicidade na mentalidade escandinava. Eles estão normalmente satisfeitos, não procuram perfeição, o que faz com que não tenham aquela pressão e stress que caracteriza um pouco o dia a dia dos portugueses. O povo dinamarquês é muito direto, sempre dizendo o que acham positivo ou mesmo negativo. Eles trabalham a cem por cento, nunca fazem horas extras, e não trabalham nos fins de semana pois valorizam muito o tempo com sua família. Eles trabalham apenas uma média de 33 horas semanais, o que dá imenso tempo livre para outros hobbies ou para descanso.

Começamos a ver cada vez mais a palavra “hygge”, uma vez que a mesma se tem tornado cada vez mais popular no mundo. Muitas pessoas são sabem exatamente o significa. “Hygge” é, nada mais nada menos, do que “acolhedor”. É sentir-se feliz e aproveitar as pequenas coisas da vida. Também se pode usar a palavra para dizer que certa coisa o deixa feliz.

Ao contrário do que se pensa, os dinamarqueses não são frios. Respeitam sim a privacidade dos outros e o seu espaço. Eles acham que o respeito pela vida dos outros é muito mais valioso do que compartilhar informação pessoal com os demais. Um exemplo disto é que o facto de não gostarem de se gabar. Valorizam muito mais ter uma casa acolhedora por dentro do que luxuosa por fora.

Outro facto é o orgulho que os nórdicos têm no seu país. Eles são muito patriotas. Podemos ver bandeiras do país por todo o lado, mesmo em carros ou nas casas. Quando têm um evento especial, é tradição decorar a casa toda por dentro e por fora com bandeiras.

O seu estilo de vida é complementado com a prática de alguma modalidade desportiva e uma alimentação saudável. Fazer desporto é uma tradição aqui, sendo muito comum frequentarem o ginásio, ou também levaram a bicicleta para todo o lado. A bicicleta é o meio de transporte de eleição dos dinamarqueses. A dieta, na maior parte dos casos, consiste em produtos biológicos e de qualidade.

Para a maioria das pessoas, o Viking e o clima incômodo estão chamando a atenção da Dinamarca, já que a temperatura média é de apenas 20 graus no verão., então eles não incomodaram o clima terrível. Se é chuvoso, nevado e frio, eles ainda trabalham com bicicletas e trabalham ao mesmo tempo que em um bom tempo ensolarado.

Para a maioria das pessoas, o clima na Dinamarca é um grande incómodo já que a temperatura média no verão é de apenas 20 graus. Não importa se está a chover, frio ou a nevar, os dinamarqueses continuam a ir para o trabalho de bicicleta e nunca se queixam deste tempo. Para isto contribui o orgulho do povo dinamarquês no fato de que seus antepassados ??eram Vikings que viviam na parte de trás do gelo.

Eles pensam que não há mau tempo. Apenas roupas más.

É por isto que o homem nórdico conseguiu colocar-se no topo da escala social por mais um ano e continua a fazer alguma inveja aqueles que gostariam de alcançar essa felicidade que, inevitavelmente, o nosso sistema não permite. No entanto, temos uma boa vida ao nosso alcance e, embora pensemos que os nórdicos usam melhores roupas, um carro mais recente, joias para homens mais caras, um trabalho de alto nível... Depende de nós sabermos o que fazer para alcançar o nosso próprio “hygge”.