Deuses e para-deuses
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Psicólogo clínico (ACES do Cávado I – Centro de Saúde de Braga, Portugal)

DEUSES … entidades naturais modelares e em full-time.
PARA-DEUSES … para-entidades construídas não-modelares e em part-time.
Psicologias …! Explicativas das naturalidades e dos part-time.
De … de massas …? Dessas que lhes estão nas menoridades.
Dessas com …
Acritismos…!
Acritismos…?
Medos e medos do IGUAL.
Eis…
Mais um tísico escarro para o rol dos maus tratos à igualdade.
As OLIMPÍADAS.
As PARA-OLIMPÍADAS.
AS PARA-OLIMPÍADAS?
Para demonstrar aos consagrados perfeitinhos, que o são?
Para aumentar o tesão nas gloriosas vitórias olímpicas?
Para que cada medalha olímpica seja um invejável duradouro orgasmo?
Para certificar e garantir a existência do infeliz, mas necessário, reforço vicariante?
Ou, de forma tão falsamente camuflada, apenas para evidenciar a menoridade e a moralidade, balizadas socialmente, de quem tem que assumir a tatuagem de algum tipo de handicap físico e/ou sensorial (e, eventualmente, mental)?
Ou até (de re-lembrar) para enaltecer, em alívio (da letal piedade), quem não os tem (handicaps)?
Alternativas?
As únicas.
As justas e de IGUAL.
O empate com a igualdade.
Numa mesma modalidade desportiva competem mulheres e homens?
O pequeno do tiro, faz salto em altura?
A moça das cambalhotas, nada mariposa?
O rapaz das corridas, lança martelo?
A criatura das argolas, esgrima?
Os que andam (e bem) a esfregarem-se e aos rebolões (também há quem diga: luta) uns com os outros, são maratonistas?
Certo que NÃO…!!!
Nos jogos olímpicos, a moça das cambalhotas apenas compete com outras moças das cambalhotas.
E o pequeno dos discos (discóbolos, entenda-se…!) só compete, e muito bem, com outros pequenos dos discos. Não vai competir com as pequenas…!
Assim … e sem querer atrapalhar … porque não compete o moço que desvia o olho, ou a moça cadeirante, com outros de igual, na mesma modalidade e nas mesmas Olimpíadas?
Tem que ser nas PARA-Olimpíadas … NÃO É?
Segregação travestida de quê?
Entra, no OLIMPÓDROMO, o bloco das PUREZAS.
Entra, no OLIMPÓDROMO, o bloco das IMPUREZAS.
Futebolistas com danças de salão.
Alternativas?
As únicas.
As justas e de IGUAL.
O empate com a igualdade.
Fasquias em concordância com os contextos.
Tempos conjugados com os desempenhos.
Géneros e feitios de corpo em consonância.
Modalidades adaptadas.
Por igual em campo.
Homens adversariando Homens.
Mulheres adversariando Mulheres.
Gente adversariando Gente.
Deuses adversariando Deuses.
No Olimpódromo.
NÃO no Terreiro Para-Olimpódromo ou Para-Deusómetro.
Nas máximas competências e desempenhos.
No Olimpo que é de todos os de honra.
Como igualdade incutida (diz-se) nos Olímpicos postulados.
Actuam, participada e competitivamente, na IGUALDADE.
No mesmo tempo, na mesma festa e no mesmo Olímpico ringue.
Ringue Para-Olímpico é ringue menor.
Menor e entrevadamente desigual.
O tesão é pálido e chorado e o desgraçado vicariante é descorado.
Preconceituosamente discriminatório.
Lucrativamente inferior.
Valor aquém.
Contudo … existindo, parece até que mascara a desigualdade, finge a igualdade, camufla a discriminação.
E o sorridente POVO em comoção …!!!
Alternativas?
As únicas.
As justas e de IGUAL.
O empate com a igualdade.
Mas, em razão mundanamente empresarial … o que interessa isso?
Havendo lucros … intentos ávidos lucros …!
Diz-se que é feio falar e, até, que não se deve falar à mesa.
O DINHEIRO.
Esgadanham-se todas e todos por ele, pelo DINHEIRO, o DINHEIRO, DINHEIRO.
Será por isto (DINHEIRO e, sobretudo, diferenciação de ganhos em DINHEIRO) que o (conveniente) DEFEITO não pode estar a par da construída perfeição e idealização dos Deuses do Olimpo?
Ah … se calhar não existem Deuses Menores.
É isso …!!!
Não existem …!
Se existissem … seriam os Para-Deuses. Seriam os CONSTRUÍDOS.
Onde algum enxergaria mal, outro atiraria a bola com a boca e outro mancaria à esquerda.
Vá lá …!!! Já não é mau de todo … que nas Olimpíadas, não estejam apenas os Deuses Homens Heteros Caucasianos …!
Pois …! Pois ele vai …!